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Julián Pacomio & Ángela Millano — PSYCHO

PSYCHO é uma peça sobre duas sequências cinematográficas quase iguais, ou seja, o filme Psycho de Alfred Hitchcock e o remake homônimo de Gus Van Sant, feito em 1998. O que aparece quando duas coisas diferentes mas praticamente idênticas são vistas simultaneamente?
PSYCHO é uma peça sobre a anatomia de duas imagens e seu esfolamento. PSYCHO é uma maneira de dilatar o tempo de cada corpo e tornar o seu peso presente. PSYCHO é interromper o fluxo do tempo e observar com rigor os momentos e detalhes do que está a acontecer lá dentro. PSYCHO é um jogo de espelhos. PSYCHO é sobre as duplas e as dobras. PSYCHO é uma cópia mais o seu original. PSYCHO é muito mais do que um remake. PSYCHO é uma gota de sangue caindo sobre uma poça de sangue. PSYCHO são linhas horizontais verdes e cinza. PSYCHO tem a ver com o terceiro homem. PSYCHO é um terceiro corpo.
Parte do projecto de pesquisa Asleep Images, tal como a peça Make It, Don’t Fake It (2018), PSYCHO pergunta: pode uma pessoa armazenar, ser, representar e reproduzir conteúdo cinematográfico?

Ficha Técnica

Criação e performance
Julián Pacomio
Ángela Millano

Acompanhamento dramatúrgico
Carolina Campos

Direcção técnica
Leticia Skrycky

Apoios
Ayudas a Artistas Visuales
Junta de Extremadura

Residências
La Caldera – Centro de Creación de Danza y Artes Escénicas (Barcelona)
Tabakalera – Centro Internacional de Cultura Contemporánea (San Sebastián)
Atelier Real (Lisboa)
Desfoga (Cambados)
S’ALA (Sassari)

Agradecimentos
Blanca G. Terán
Matías Daporta
João Fiadeiro
Leonardo Mourameteus
NODE
Daniel Pizamiglio
Miguel Teles
Paula Cueto
Marta Echaves
Javier Chaves
Núria Gómez Gabriel
Esther Rodríguez-Barbero

Bio
Julián Pacomio

Os trabalhos em artes cénicas de Julián Pacomio investigam a ideia de copiar, refazer, traduzir e apropriar materiais e obras de outras pessoas. Colabora com a coreógrafa Ángela Millano no projecto de pesquisa Asleep Images, do qual fazem parte as peças PSYCHO (2019) e Make It, Don’t Fake It (2018), com residências em Tabakalera (San Sebastián), La Caldera (Barcelona) e Atelier Real (Lisboa); outras peças incluem El Mundo Bajo el Mundo (2017) e Espacio Hacedor (2016), em colaboração com o arquitecto Miguel del Amo, no programa dos artistas residentes de La Casa Encendida / CA2M (Madrid), Leal.Lav (Tenerife), e o prémio Utopia do Festival Frinje Madrid. Desde 2017, trabalha em Lisboa com o coreógrafo João Fiadeiro em From Afar It Was An Island, De Perto, Uma Pedra e O Que Fazer Daqui Para Trás. Em 2019, trabalhou com o coreógrafo Luis Garay na peça Oro Lodo, e com a coreógrafa Annika Pannitto em The Third Table. Desde 2016, faz parte do colectivo de artes ao vivo Bullshit, organizando os festivais Bullshit MEX (Cidade do México) e Bullshit UY (Montevidéu). Formado em Belas Artes. Mestre em Prática Cénica e Cultura Visual do Museu Reina Sofía, entre 2015 e 2017, participou no programa de Estudos Avançados em Práticas Críticas no Museu Reina Sofía, organizado por Artea.

Bio
Ángela Millano

O trabalho cénico de Ángela Millano é articulado em torno do corpo, suas possibilidades e discursos, bem como a maneira como ele é compreendido, catalogado, gerenciado e legislado na nossa sociedade. É criadora dos solos Hogar (2017) e Nunca llevo falda porque no sé cruzar las piernas (2016) que tiveram o apoio do Instituto Cervantes de Berlim, Sala Pradillo, Dantzaguine, Leal.Lav, Histeria Kolektiboa, Sala Baratza e apoio à criação coreográfica do governo basco em 2016 e 2015, respectivamente. Exibidos em La Casa Encendida, Dock 11, Azkuna Zentroa, English Theater Berlin, K3, DANCE IN RESPONSE e Leal.Lav. Desde 2017, desenvolve o projecto Asleep Images com Julián Pacomio, com residências em La Caldera, Tabakalera e Atelier Real. Desde 2018, trabalha com Pablo Fidalgo em Anarquismos (por el medio de la habitación pasa un río más claro), que estreou no BAD Festival. Em 2019, iniciou um novo solo, com residências em La Poderosa, Desfoga e Espacio DT. Trabalhou com Alexandra Pirici, Johanna Bruckner, Matias Daporta, Hanna Kritten Tangsoo, Isabelle Schad e Idoia Zabaleta, entre outros. É formada em Filosofia, com formação profissional em dança contemporânea por RPCD Mariemma e mestrado em Prática Cénica e Cultura Visual pelo Museu Reina Sofia.

créditos © Alipio Padilha

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